segunda-feira, 29 de agosto de 2016
domingo, 28 de agosto de 2016
AS LIÇÕES DA OLIMPÍADA
Arnaldo Niskier
da Academia Brasileira de Letras, do Conselho
Técnico da CNC e ex-Secretário de Estado de Educação e Cultura/RJ
Foi-se a 31ª
Olimpíada e o Rio de Janeiro, como era esperado, demonstrou sua imensa
capacidade para organizar eventos de grande porte. O prefeito Eduardo Paes,
elogiando o Boulevard Olímpico e as novas linhas de metrô, do BRT e do VLT, deu
nota 10 aos Jogos Olímpicos. A cidade é mesmo maravilhosa e o povo extremamente
sensível, como revelaram, agradecidos, mitos do esporte como Michael Phelps,
Usain Bolt (como foi gostoso vê-lo no Maracanã torcendo pelo Brasil) e Simone
Biles. Astros brasileiros deram o seu recado, como Neymar no futebol e Wallace
no voleibol. Foram nossas estrelas de primeira grandeza.
Ganhamos um
número inédito de medalhas (19), especialmente 7 de ouro. Ficamos em13o
lugar entre 206 países. E a liderança em esportes inimagináveis, como vela e
canoagem (onde Isaquias Queiroz obteve inéditas 3 medalhas). Nosso esporte
revelou também significativa presença feminina.
Quais as lições
que ficam disso tudo? Em primeiro lugar a necessidade de privilegiar o enlace
educação-esporte. Temos 60 milhões de estudantes em nossas escolas. Já
imaginaram esse imenso potencial, espalhado pelo país inteiro, sendo cuidado
devidamente naquilo que chamamos de Educação Física?
Não basta ser
disciplina obrigatória nos currículos escolares, especialmente na educação básica.
Na prática, milhares de estabelecimentos de ensino transformaram essa obrigação
em prosaicos campinhos de pelada. E o que dizer da precaríssima formação de
professores? É preciso também construir equipamentos diversificados, importar
outros, para atender às mais diversas regiões do país. Não se faz isso sem
aplicar recursos financeiros adequados.
É assim que são
obtidos bons resultados. Veja-se o exemplo de Cuba, que conhecemos
pessoalmente. Deu atenção especial aos chamados esportes de alto desempenho e
logo se viu, pelo número de medalhas conquistadas, apesar da sua pequena
população, que esses cuidados produzem consequências excepcionais. Além de um
marketing vitorioso.
Que somos
competentes, ninguém mais duvida. Resultados no vôlei e no futebol de campo
comprovam isso. Estamos vivendo um tempo de discussão em torno da chamada Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), para alcançar bons resultados se possível a
partir do ano próximo. A preocupação abrange matérias como História, Matemática
e Língua Portuguesa, que são as mais afetadas pela reação dos nossos
especialistas. Pode-se indagar onde fica a Educação Física, nesse processo.
É claro que ela
pede cuidados especiais por parte do Ministério da Educação, especialmente dos
membros do Conselho Nacional de Educação, que centralizam toda essa discussão.
Aproveitar as lições da Olimpíada do Rio se torna uma obrigação inadiável das
nossas autoridades, aproveitando a onda positiva que se criou. Não devemos nos
restringir ao apoio inteligente das Forças Armadas ao esporte brasileiro, o que
já trouxe bons resultados. É preciso ampliar essa missão e certamente todos
sairemos ganhando.
sábado, 27 de agosto de 2016
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
Outorga do Título de Dr. Honoris Causa ao saudoso Dr. Ivo Pitanguy - 20/04/2016
Arnaldo Niskier com Ivo Pitanguy
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
domingo, 21 de agosto de 2016
sábado, 20 de agosto de 2016
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Entrevista ao Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro - Desafios e caminhos para uma educação de qualidade
Desafios e caminhos para uma educação de qualidade
O professor e Administrador Arnaldo Niskier, presidente do Centro de Integração Empresa-Escola, falou sobre a atual situação da educação no Brasil, os desafios e quais caminhos ainda precisam ser percorridos para uma educação de qualidade.
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Ainda sobre a emoção indescritível de conduzir a tocha olímpica - 03.08.2016
Chegando o momento especial!
Com Luzi Carlos Trabuco Cappi - presidente do Bradesco
Com Luzi Carlos Trabuco Cappi - presidente do Bradesco
Com a equipe Bradesco.
Somos todos olímpicos!
A tocha é do povo!
domingo, 7 de agosto de 2016
sábado, 6 de agosto de 2016
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
terça-feira, 2 de agosto de 2016
A TOCHA OLÍMPICA
Arnaldo Niskier
da Academia Brasileira de Letras
O Brasil vai participar dos Jogos Olímpicos com 462 atletas. E mais uma porção de corredores que terão o
privilégio de carregar a tocha olímpica pelas ruas do Rio de Janeiro. Convidado pelo prefeito Eduardo Paes, serei
um desses atletas, recordando os bons tempos em que defendi as cores do América
Futebol Club e do Club Municipal. Deste, fui campeão carioca de basquete!
Disse bem o prefeito: “Carregar a chama olímpica é uma das maiores
honras do planeta. Participar do
revezamento da Tocha Olímpica no Rio de Janeiro é um sentimento único, um
privilégio para poucos no mundo.”
Devo carregar a tocha olímpica por cerca de 200 metros , na Avenida
Presidente Antonio Carlos, no centro da
cidade, no dia 3 de agosto, pela manhã.
Tenho a confiança do presidente do Bradesco, Luís Carlos Trabuco Cappi,
que me enviou mensagem em que revela: “Pra você não faltará forma física,
pernas que o saudoso América presenciou, como grande jogador que foi...”
Aproveito essa
oportunidade, na verdade inédita, para recordar os quase 30 anos em que
pratiquei esportes, sistematicamente.
Garoto ainda, com pouco mais de 10 anos, morador na Tijuca, fui nadador
do América, treinando na pequena piscina de 20 metros , na rua Campos
Sales. Durante três anos não conheci
inverno ou verão, treinando de segunda a sexta-feira para as competições que se
realizavam aos domingos, nos diversos clubes do Rio, como o Fluminense, o
Guanabara, o Vasco da Gama, o Santa Teresa, o Flamengo e outros de menor
porte. Resultado: ganhei 56 medalhas,
hoje conservadas em grande estilo. A
primeira delas foi histórica: tirei um segundo lugar na distância de 40 metros . Cheguei em casa e disse a colocação. Fui saudado por meus irmãos e pais. Lá pelas tantas, o meu irmão Odilon perguntou
quantos nadadores haviam disputado a prova em que eu tirara o 2º lugar: “Foram
dois”, disse eu. Levei uma vaia
estrondosa. Não levaram em conta que
completar a prova já era uma extraordinária conquista...
Depois fui infanto-juvenil do América, treinado pelo seu Freitas. Quando houve uma debandada do juvenil de
futebol do América para o Flamengo (nessa leva foi embora também o Zagallo, meu
amigo de infância), subiu o nosso time para o juvenil, onde cheguei a treinar
como titular da meia esquerda por três
vezes. Só que os treinos eram à tarde e
eu já trabalhava na ocasião, não podia faltar.
Tive que desistir da minha carreira de jogador de futebol.
Passei a treinar no juvenil de basquetebol, à noite, sob a liderança do Rob. Disputei três campeonatos oficiais pelo
AFC. Quando fiz 18 anos, com a idade
estourada, pedi transferência para o Club Municipal, também na Tijuca, por onde
disputei o campeonato carioca da segunda divisão. Fomos campeões cariocas, numa final
disputadíssima com o Grajaú T.C. Hoje, sou atleta laureado do Club Municipal,
o que não deixa de ser uma grande honra.
Com
esse passado, a que se deve agregar o trabalho profissional como cronista
esportivo (Última Hora e Manchete Esportiva) penso que fiz por merecer a
honraria de carregar a tocha olímpica.
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